Os Heróis da Revolução
Cara, devorei esse livro em menos de duas semanas, já que meus horários para leitura são sempre limitados, e olha que é um livro de quase 500 páginas, acabei hoje, domingo, dia 16/08/2020, às 3:45 da manhã. O livro é muito, muito bom, diria excepcional, Os Heróis da Revolução de Steven Levy.
Gosto de dividir os livros que leio em 3 categorias: Primeiro, aqueles para estudo, em que você lê para aprender algo, para extrair conteúdo para seu aprendizado pessoal ou profissional; Segundo, os livros para simples passatempo, ou seja, que se lê despretensiosamente e por pura diversão, mas claro, sempre acabamos aprendendo algo, e nessa seara devo ter lido centenas deles, desde de Sidney Sheldon, com livros como: Se houver amanhã, A outra Face, O Reverso da Medalha, Um estranho no Espelho, Se o amanhã chegar, Areias do Tempo, O Outro lado da Meia Noite, como Agatha Christie, como os livros: Um crime no Expresso Oriente, Morte no Nilo, Os Crimes ABC, Convite para um homicídio e dezenas de outros, Yuval Harari com 21 Lições para o século 21, Homo Deus, Sapiens, Dan Brown com O Código da Vinci, O Símbolo Perdido, Anjos e Demônios, Inferno e dezenas e dezenas de outros autores, entre brasileiros ou não, clássicos e contemporâneos, história, filosofia, psicologia, tecnologia e etc.
E a terceira categoria, os livros que te extasiam, que te emergem e te envolvem uma trama, em um enredo ou em uma simples narrativa contagiante, envolvente, que te fazem sucumbir em uma leitura frenética, ávida, faminta, descortinando novos mundos, novos olhares, novas perspectivas, novos saberes. É o tipo de leitura, de livro, que fascina, que te absorve, que te liberta, que cria e faz existir coisas, sentimentos, portas ante inexistentes, janelas trancadas que se abrem em um sopro do vento de sua leitura, sentimentos e emoções que só podem ser encontrada em livros excepcionais e o livro de Steven Levy consegue esse feito, em parte por sua forma narrativa e seu modo de escrita, mas também por conta do conteúdo que me fascina e seduz, sou um adorador das tecnologias revolucionárias, como a programação em si, inteligência artificial, aprendizado de máquina, realidade virtual, nanotecnologia, neurotecnologia, robótica e tantas outras. Queria ter todo tempo do mundo para ler, aprender e praticar ensinando aos outros o que aprendi nos livros.
Bem o livro é muito bom, e recomendo para todas as pessoas que gostam de tecnologia, a sua leitura. Porém, o que mais me intrigou no livro foi, como pessoas simples, sem, em um primeiro momento, demonstrarem grandes capacidades intelectuais, habilidades técnicas ou mesmo uma queda para o negócio de software ou de hardwares se encontraram profissionalmente, e conseguiram obter uma vida próspera com desenvolvimento de todo tipo de produtos e tecnologias, possibilitando que ele criassem pequenos ou grandes negócios que movimentavam e ainda movimentam milhões ou bilhões de dólares.
O LIVRO
Dentre tanto outros ensinamento, aprendi 3 coisas com esse livro: Ter paixão naquilo que se faz, ser resiliente até alcançar seus objetivos e, não menos importante, é, saber e entender que, – qualquer pessoa, por mais simples que seja, pois mais iletrada ou menos culta que seja, se ela tiver paixão e resiliência poderá fazer qualquer coisa, não há impossível, não há limite, o céu é o infinito – .
Dentro os vários exemplos que o livro descortina em suas quase quinhentas páginas, e que mais pode elucidar meu ponto de vista acima é o da Roberta Williams, esposa de Ken Williams e co-fundadora da empresa Sierra Entertainment, Incorporações.
Sierra Entertainment, Inc. (anteriormente On-Line Systems e depois Sierra On-Line, Inc.) é uma empresa americana que desenvolve e distribui jogos eletrônicos baseada em Bellevue, Washington.
Fundada em 1979 como On-Line Systems, por Ken Williams e Roberta Williams.[1] Antigamente a empresa era associada da Activision Blizzard e Vivendi SA.
Além disso tem o controle do desenvolvimento de empresas como High Moon Studios, Massive Entertainment, Radical Entertainment, Papyrus Design Group e Swordfish Studios. É uma grande influenciadora da história dos jogos eletrônicos em todo o mundo.
De 2007 para 2009, a Sierra veio atuando fortemente pelo mercado interno e externo, com jogos como: Prototype, The Cronicles of Spiderwick, Nickbusters The Video Game, S.W.A.T 4, Crash Mind Over Mutant, distribuiu o clássico Half-Life entre outros.
Em 07 agosto de 2014, o site da Sierra foi reativado, com um novo logotipo e uma Mensagem dizendo “mais a ser revelado na Gamescom 2014”.
O que é mais impressionando é a trajetória de Roberta Williams, e com a história dela quero demonstrar como a paixão combinada com a resiliência, determinação, aliada a uma vontade ferrenha de transformar seus sonhos em realidade, pode levar uma jovem, sem muitas pretensões profissionais, na casa dos 20 anos, iniciar um império que até hoje perdura. Hoje a Sierra Entertainment encontra-se como subsidiária da Activision Blizzard, com ativos na ordem de 20 bilhões. Com certeza você já jogou ou joga muitos dos jogos desenvolvidos por ela. Alguns desses jogos: Mystery House (1980), Wizard and the Princess (1980), Mission Asteroid (1981), Time Zone (1982), The Dark Crystal (1983), King’s Quest I: Quest for the Crown (1984), Mickey’s Space Adventure (1984), e dezena e dezenas de outros jogos. Veja aqui a lista de jogos da empresa: LINK.
Roberta Williams, uma menina acanhada e passiva de 19 anos tinha acabado de conhecer Ken Williams e se casaram e, em menos de um ano depois ela estava grávida, nem Ken nem Roberta sabiam nada de programação ou de computadores, alguns anos depois, Ken diria: “Imagino que ‘ganância’ era o que melhor me resumia. Eu sempre quis mais”.
“Roberta sempre foi tímida com seu jeito sonhador; seus olhos castanhos de boneca, cabelos compridos e roupas bem femininas – babados, mangas bufantes, botas de camurça e colares à Peter Pan – indicavam que estava ali uma mulher com uma infância rica em fantasias. De fato, sua capacidade para sonhar de olhos abertos tinha proporções quase sobrenaturais. Sempre se imaginou em situações estranhas. De noite, deitava-se na cama e construía o que chamou depois de “meus filmes”.
Épocas depois Roberta confessou: “De verdade, eu jamais gostei muito de mim mesma. Sempre queria ser outra pessoa.” Quando se casou com Ken ela era tão tímida que mal conseguia dar um telefonema.
TEXTOS DO LIVRO
CONCLUSÃO
Assim, como do nada, surgiu uma fábrica de produzir história, jogos, games que até hoje fazem as pessoas alegres, felizes e seus autores, principalmente Roberta Williams, bilionária.
Então deixe-me te dizer uma coisa, com paixão e tenacidade quase todas as coisas são possíveis. Busque no Fundo do seu coração, sua paixão, seu desejo mais ardente, sua vontade mais virulenta e vá atrás de seus sonhos.
Boa leitura.