Um texto postado no MundoTri, por Wagner Araújo me fez refletir sobre a “Paixão. Segue abaixo o texto:
“Eu estava no quilômetro 35 da maratona do Ironman do Havaí para fotografar um dos últimos sets do dia: a corrida no pôr do sol. Mesmo com o clima nublado, esse momento do dia reserva uma luz muito interessante para criar imagens cênicas. Fotografar nesse período do dia ajuda a criar belas silhuetas.
Uma das grandes dificuldades é que o horário útil para fazer essas imagens é de 17:30 e 18:30, ou seja, os atletas estão com 10h30 a 11h30 de prova, já exaustos no 35º quilômetro da maratona. Muitos deles sequer conseguem perceber minha presença. Alguns viram o olho para ver o que está acontecendo e um número pequeno consegue sorrir. No último sábado, no entanto, algo inusitado aconteceu. Entre uma foto e outra, uma atleta, a número 2053, passa correndo forte e, ao me ver, para. Ela, então, me pergunta se poderia voltar para que eu a fotografasse pulando. Completamente sem reação, eu disse: “claro, vá em frente!” Ela, então, retornou uns 50 m metros e fez um salto inacreditável, em pleno km 35 da maratona em Kona! Ela ainda disse: “prometa-me que vai me mandar!”.
Já no aeroporto, voltando para o Brasil, tive tempo de procurar quem era a atleta 2053. Seu nome é Esther Lee, canadense, da categoria 25-29 anos. Ela fechou a prova em 10:55:20 e a maratona em 3:50:08.
Após alguns e-mails trocados com os amigos da área de mídia do Ironman, consegui o e-mail da Esther. Além de enviar a foto, perguntei de onde ela tirava forças para fazer aquilo. Ela respondeu: “Para mim, o Triathlon não é um hobby, é um estilo de vida, uma paixão. Por isso, nunca sofro quando treino ou compito, pois estou fazendo o que mais gosto de fazer na vida.” Ela depois me perguntou quantas fotos eu tirei naquele sábado. Eu disse que cerca de 6.000. Foi aí que ela retrucou: “Mas como se lembrou de mim?” A resposta, mais que instantânea, foi direto para seu e-mail: “quantas pessoas você imagina que saltaram daquele jeito no km 35 da maratona no Ironman do Havaí?”
Paixão, para mim, é o amor elevado a n potência. Não falo de paixão doentia e patológica, mas da entrega total com a qual nos envolvemos com algo ou alguém.
Penso no sucesso muito ligado à paixão, aquilo no qual nos entregamos apaixonadamente tem um significado tão forte e profundo que nos move quase que instintivamente à seguir aquilo que nos faz feliz.
Em quase tudo que faço tento fazê-lo apaixonadamente, com uma entrega total e irrestrita, coloco minha alma, meu coração, minha vida. Acho que por isso, sou tão exigente, tão metódico, sei que isso tem seus pontos negativos, mas é o que me impulsiona para meus alvos e objetivos.
Sei que em muitas coisas da minha vida falta essa paixão, essa entrega incondicional, não sei se tem haver comigo ou com meus objetos de desejo. É uma situação para se refletir.
Desejo que todos nós sejamos apaixonados por tudo que fazemos, vivendo intensamente aquilo que nos dá prazer, conhecimento, sabedoria e paz interior.
Beijos.
Maravilhoso! É muito bom quando descobrimos nossas verdadeiras “paixões”.
Parabéns pelo post.
Obrigado linda, quando posto, penso que você lerá, kkkk é a única que já respondeu meus posts. kkkk, mas também não anunciei os mesmos, mesmo pq tenho grande dificuldade para escrever. Acho que é preguiça mesmo. kkkk.
Mas mesmo assim, obrigado pelo seu carinho, atenção e interesse.
Beijos.
Rubens
Em 19 de janeiro de 2014 23:47, Rubens Santana